O texto aborda a exposição e contextualização das possíveis expressões das primeiras formas de manifestações místicas, ritualísticas, mágicas, sacrificiais, de crenças e míticas nas sociedades. Ele investiga os fundamentos, processos e construções biopsicossociais dessas práticas, especialmente entre povos considerados primitivos, antigos e arcaicos. A análise segue uma tentativa de reconstrução cronológica das primeiras práticas místicas, mágicas, ritualísticas e sacrificiais ao longo da história, culminando na formação das religiões. Essas manifestações religiosas surgiram e se disseminaram por meio das relações e interações sociais entre povos, culturas e civilizações. O texto também destaca que essas práticas não permaneceram estáticas, mas evoluíram e se transformaram ao longo do tempo. Além disso, aborda a relação entre magia, rituais, mitos, sacrifícios e a morte, bem como a influência das religiões e sua relação com o Estado e o sistema capitalista. O autor critica a classificação de práticas religiosas como pagãs, hereges ou seitas, enfatizando que todas são expressões subjetivas e criativas das crenças individuais. Vale ressaltar que os termos "pagão" e "herege" têm origens na Idade Média e carregam conotações pejorativas. O texto alerta para a violência simbólica associada a essas categorizações e defende a tolerância e o respeito entre diferentes confissões religiosas. O homem é a medida de todas as coisas, referindo-se ao antropocentrismo e ao relativismo. Ele destaca que algumas afirmações são absolutas e incontestáveis, como o fato de o fogo queimar e a água saciar a sede. No entanto, outras sensações e percepções, como a proximidade do sol ou a doçura de um alimento, são relativas e individuais. O texto também aborda sensações místicas, religiosas e a relação com deuses, enfatizando que todas essas manifestações são produtos culturais e subjetivos. Termos como "pagão" e "herege" são considerados absurdos, pois todas as criações e manifestações estão ligadas ao antropocentrismo e ao relativismo. Em resumo, as expressões místicas, mágicas e ritualísticas evoluíram ao longo da história e se transformaram nas religiões.